... e prometo que por hoje eu paro. Tenho outras coisas para fazer, de projetos novos (e bastante desafiadores).
Mas vamos lá, mais algumas coisas que eu vi hoje e achei interessante.
1) Artigo do Bresser na Folha, sobre a defesa dos interesses nacionais traduzidos em apoio às empresas. Este artigo vai exatamente em uma das linhas de pesquisa que eu vinha desenvolvendo enquanto bolsista de pesquisa do IPEA. Espero, em breve, ter tempo para retomar esta pesquisa. Enfim, ele faz uma boa metáfora com o Brasil sendo o menino tolo que troca um brinquedo super legal por um pirulito, ludibriado por dois meninos espertos (no caso, Espanha e Portugal), para o caso da telefonia móvel.
Para quem é assinante: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1807201007.htm
2) Quem me conhece, sabe como essa notícia mexeu com meus brios... rs... Pesquisa sobre hábitos de consumo da classe C aponta que eles gastam até 60% de sua renda com artigos de luxo! Isso inclui sandália Carmin, jeans Opera Rock, bolsa Louis Vuitton, "unhas de porcelana que custam até R$ 400, com desenhos em alto relevo com cristais Swarovski, e produtos para "mega-hair", um investimento de R$ 1.000 na cabeça", entre outras coisas...
Esta notícia pode gerar uma série de discussões. Eu entendo que acesso ao consumo afeta o bem estar da sociedade, e que não deixa de ser uma medida de desenvolvimento econômico (aguardando críticas do Dokonal). Agora... 1) que belo desenvolvimento, hein?; 2) qual é o gasto (sic) destas mesmas pessoas com educação? (medo de fazer esta pergunta...) entre outras infinitas perguntas...
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1807201007.htm
3) Ainda sobre a crise na Europa, li uma frase que por si só me amedrontou: "Outro efeito da crise, os planos de ajuste estrutural impostos como remédio, terão como consequência a curto prazo a tatcherização da Europa continental, ou seja, o fim do modelo social europeu".
Na Carta Maior, artigo de um ex embaixador francês
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16673
4) Ainda na Carta Maior, uma citação que sintetiza muito bem o "nosso" pensamento acerca dos defensores do ajuste fiscal a qualquer custo. "O que é mais revoltante na posição atual das elites dos EUA é que, depois de terem sido as maiores beneficiárias da magnanimidade do governo nos últimos anos, são precisamente elas que agora atacam a "política fiscal irresponsável e insustentável" do governo Obama. A amnésia coletiva e a depravação moral dessas elites é verdadeiramente inconcebível. As elites que se esgoelam contra o gasto público (marcadamente as de Wall Street) são como alguém que desse a outro cinco carteiras de cigarro por dia e depois se escandalizasse com o fato de que seu beneficiário contraiu um câncer de pulmão."
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16671
PS: estou um pouco atrasada na leitura dos boletins da Carta Maior... rs
domingo, 18 de julho de 2010
Ainda sobre a fuga de cérebros...
No post anterior eu coloquei algumas matérias da Folha (abertas para não assinantes), sobre a questão da fuga de cérebros brasileiros. A Folha impressa de hoje trouxe uma matéria sobre os cientistas estrangeiros que nós "importamos". Para quem é assinante Uol ou da Folha, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1807201001.htm.
É interessante ver a essência do que alguns destes cientistas acham sobre o desenvolvimento científico brasileiro.
Para um biólogo alemão que vive no Brasil há quase 30 anos, a vida de cientista é difícil em todo lugar, e relata o aparente preconceito com as publicações oriundas de pesquisadores em países de terceiro mundo (nossa! ainda se fala isso? hehehe...)
Há quase 20 anos vivendo no Brasil, um físico teórico chinês (depois de começar a assistir The Big Bang Theory, aprendi que é importante distinguir os tipos de físicos... rs) afirma que quem gosta de estudar não é admirado no Brasil (parece que alguém nos entende!! hehehe...). Esta merece uma quote "Além de o professor chinês ganhar bem, os alunos respeitam. Existe uma cultura que valoriza o conhecimento. Aqui não é bem assim. Na TV, parece que só se admira quem participou do Big Brother, tem dinheiro, é modelo. A sociedade não põe na cabeça das crianças que elas têm de estudar".
Outro físico teórico norte-americano, que vive no Brasil desde 1994, aponta para o problema dos free-riders, no sentido de que, dado que a remuneração é padrão, existem os pesquisadores que trabalham muito, e os pesquisadores que trabalham muito pouco (isso pode ser considerado um caso de free-rider, certo? rs...). Parece que eu já vi algo parecido por aí...
Para um neurocientista argentino, o excesso de cordialidade do brasileiro atrapalha. (!!... ok, then).
É interessante ver a essência do que alguns destes cientistas acham sobre o desenvolvimento científico brasileiro.
Para um biólogo alemão que vive no Brasil há quase 30 anos, a vida de cientista é difícil em todo lugar, e relata o aparente preconceito com as publicações oriundas de pesquisadores em países de terceiro mundo (nossa! ainda se fala isso? hehehe...)
Há quase 20 anos vivendo no Brasil, um físico teórico chinês (depois de começar a assistir The Big Bang Theory, aprendi que é importante distinguir os tipos de físicos... rs) afirma que quem gosta de estudar não é admirado no Brasil (parece que alguém nos entende!! hehehe...). Esta merece uma quote "Além de o professor chinês ganhar bem, os alunos respeitam. Existe uma cultura que valoriza o conhecimento. Aqui não é bem assim. Na TV, parece que só se admira quem participou do Big Brother, tem dinheiro, é modelo. A sociedade não põe na cabeça das crianças que elas têm de estudar".
Outro físico teórico norte-americano, que vive no Brasil desde 1994, aponta para o problema dos free-riders, no sentido de que, dado que a remuneração é padrão, existem os pesquisadores que trabalham muito, e os pesquisadores que trabalham muito pouco (isso pode ser considerado um caso de free-rider, certo? rs...). Parece que eu já vi algo parecido por aí...
Para um neurocientista argentino, o excesso de cordialidade do brasileiro atrapalha. (!!... ok, then).
Boas novidades para os acadêmicos (como eu!)
O que muita gente já vinha fazendo por baixo dos panos, agora será devidamente regulamentado.
Alunos de pós poderão acumular bolsa e atividade remunerada.
Notícia: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/768189-aluno-de-pos-podera-acumular-bolsa-e-atividade-remunerada.shtml
Desta forma, aumenta a possibilidade de pessoas que somente contam com seu próprio esforço, de seguir os estudos e avançar etapas na carreira. Isto não foi uma sutileza minha. Foi uma crítica direta ao perfil elitizado (ou é elitista que se fala?) dos acadêmicos brasileiros.
Considerando exclusivamente a minha ciência, a economia, acredito que, em muitos aspectos, este perfil "viesado" da amostra corresponde ao tipo de ciência que se desenvolve.
Neste particular, precisamos ressaltar o esforço da gestão do nosso atual presidente para a valorização da atividade. Se antes havia um cenário do tipo "a Fapesp e o resto", além de aumentar significativamente o valor das bolsas para os órgãos federais de fomento, foram ampliadas também a quantidade de bolsas.
Bom, voltando às notícias. Outras informações interessantes a este respeito:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/766114-aumenta-numero-de-bolsistas-que-nao-voltam-ao-brasil-diz-governo.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/765538-bolsistas-fujoes-sao-condenados-a-pagar-r-196-milhoes.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/765540-investimento-em-bolsas-ao-exterior-tem-seus-riscos-diz-presidente-do-cnpq.shtml
Alunos de pós poderão acumular bolsa e atividade remunerada.
Notícia: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/768189-aluno-de-pos-podera-acumular-bolsa-e-atividade-remunerada.shtml
Desta forma, aumenta a possibilidade de pessoas que somente contam com seu próprio esforço, de seguir os estudos e avançar etapas na carreira. Isto não foi uma sutileza minha. Foi uma crítica direta ao perfil elitizado (ou é elitista que se fala?) dos acadêmicos brasileiros.
Considerando exclusivamente a minha ciência, a economia, acredito que, em muitos aspectos, este perfil "viesado" da amostra corresponde ao tipo de ciência que se desenvolve.
Neste particular, precisamos ressaltar o esforço da gestão do nosso atual presidente para a valorização da atividade. Se antes havia um cenário do tipo "a Fapesp e o resto", além de aumentar significativamente o valor das bolsas para os órgãos federais de fomento, foram ampliadas também a quantidade de bolsas.
Bom, voltando às notícias. Outras informações interessantes a este respeito:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/766114-aumenta-numero-de-bolsistas-que-nao-voltam-ao-brasil-diz-governo.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/765538-bolsistas-fujoes-sao-condenados-a-pagar-r-196-milhoes.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/765540-investimento-em-bolsas-ao-exterior-tem-seus-riscos-diz-presidente-do-cnpq.shtml
Ah, a mídia brasileira...
Somente o título e o intuito deste post dariam um blog inteiro, extremamente recheado. Bom, eu não tenho tanto tempo de ficar caçando "furos" assim, mas eventualmente, sempre que eu achar um, vou colocando aqui para ficar registrado.
Quinta-feira passada (15/07), eu tomava café assistindo o Bom Dia Brasil.
Eles passaram uma matéria sobre o fato de o Irã ter proibido alguns cortes de cabelo.
Link para a matéria aqui: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/07/ira-proibe-diversos-cortes-de-cabelo-e-divulga-lista-com-modelos-permitidos.html
Divergências culturais/institucionais à parte, vamos combinar que realmente, isto faz pouco sentido.
Mas daí ao apresentador comentar ao fim do vídeo que (palavras minhas) "é incrível que um país que faz este tipo de coisa, ainda conta com o apoio de muitos países, inclusive ocidentais" beira à revolta!
Em primeiro lugar, é ridículo que uma mídia de grande respeito como a Globo, use de ironias tão simplistas para críticas ao governo Lula e em especial, à sua política externa. Isto pra mim é falta de respeito com os telespectadores.
Em segundo lugar, eu não entendo nada de jornalismo (exceto naquelas partes onde vejo o extremo mal caráter de alguns veículos - outro dia eu uso o espaço para contar algumas experiências que presenciei pessoalmente), e tampouco acompanho o jornalismo televisivo com assiduidade. Mas me parece que houve, recentemente, uma mudança drástica no estilo de apresentação dos telejornais. De um aspecto sério e apenas informativo, todos eles parecem ter adotado o estilo "Boris Casoy" de fazerem comentários após a apresentação das matérias.
Eu sei, em geral eu detesto quando leigos vêm falar de economia pra mim, mas, e infelizmente, ouso arriscar falar sobre a "ciência do jornalismo" (sic). Quem raios achou que esta mudança era uma boa idéia?????????? Vou procurar me informar mais sobre isso, de repente recorrendo a pessoas da área que eu respeito muito... lá vou eu, investigar a metodologia do jornalismo! hehehe...
Em terceiro lugar... é bom ter de volta um espaço para eu compartilhar este tipo de revolta que eu tenho!
Quinta-feira passada (15/07), eu tomava café assistindo o Bom Dia Brasil.
Eles passaram uma matéria sobre o fato de o Irã ter proibido alguns cortes de cabelo.
Link para a matéria aqui: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/07/ira-proibe-diversos-cortes-de-cabelo-e-divulga-lista-com-modelos-permitidos.html
Divergências culturais/institucionais à parte, vamos combinar que realmente, isto faz pouco sentido.
Mas daí ao apresentador comentar ao fim do vídeo que (palavras minhas) "é incrível que um país que faz este tipo de coisa, ainda conta com o apoio de muitos países, inclusive ocidentais" beira à revolta!
Em primeiro lugar, é ridículo que uma mídia de grande respeito como a Globo, use de ironias tão simplistas para críticas ao governo Lula e em especial, à sua política externa. Isto pra mim é falta de respeito com os telespectadores.
Em segundo lugar, eu não entendo nada de jornalismo (exceto naquelas partes onde vejo o extremo mal caráter de alguns veículos - outro dia eu uso o espaço para contar algumas experiências que presenciei pessoalmente), e tampouco acompanho o jornalismo televisivo com assiduidade. Mas me parece que houve, recentemente, uma mudança drástica no estilo de apresentação dos telejornais. De um aspecto sério e apenas informativo, todos eles parecem ter adotado o estilo "Boris Casoy" de fazerem comentários após a apresentação das matérias.
Eu sei, em geral eu detesto quando leigos vêm falar de economia pra mim, mas, e infelizmente, ouso arriscar falar sobre a "ciência do jornalismo" (sic). Quem raios achou que esta mudança era uma boa idéia?????????? Vou procurar me informar mais sobre isso, de repente recorrendo a pessoas da área que eu respeito muito... lá vou eu, investigar a metodologia do jornalismo! hehehe...
Em terceiro lugar... é bom ter de volta um espaço para eu compartilhar este tipo de revolta que eu tenho!
terça-feira, 13 de julho de 2010
Trem bala...
Do G1 hoje:
"O trem-bala que vai ligar o estado de São Paulo ao Rio de Janeiro vai ter sete estações no trajeto, de acordo com o edital lançado pelo governo nesta terça-feira (13). Serão obrigatórias estações no centro do Rio de Janeiro, no aeroporto do Galeão, em Aparecida (SP), em Guarulhos, no centro de São Paulo (Campo de Marte), em Viracopos e no centro da cidade de Campinas."
Campo de Marte é centro da ZONA NORTE de SP, quando muito!
Se for isso mesmo, vai ficar horrível, pois é um lugar de difícil acesso! Pior ainda para quem vem do RJ pra SP...
"O trem-bala que vai ligar o estado de São Paulo ao Rio de Janeiro vai ter sete estações no trajeto, de acordo com o edital lançado pelo governo nesta terça-feira (13). Serão obrigatórias estações no centro do Rio de Janeiro, no aeroporto do Galeão, em Aparecida (SP), em Guarulhos, no centro de São Paulo (Campo de Marte), em Viracopos e no centro da cidade de Campinas."
Campo de Marte é centro da ZONA NORTE de SP, quando muito!
Se for isso mesmo, vai ficar horrível, pois é um lugar de difícil acesso! Pior ainda para quem vem do RJ pra SP...
domingo, 11 de julho de 2010
Ficha de leitura
Estou tentando estabelecer com alguns colegas de mestrado o hábito de trocar de fichas de leitura. Claro que seria só um resumo bem pessoal de quem está lendo o texto, e de preferência, de algum texto com um aspecto clara e objetivamente relevante... que forneça um insight interessante.
Já sei que este "objetivamente relevante" vai me render acusações de ser preguiçosa... pode ser também, mas digamos que sou uma pessoa excessivamente pragmática... rs
O livro é o “Trajetórias Recentes de Desenvolvimento: estudos de experiências internacionais selecionadas”, que representa um dos eixos temáticos do IPEA, inserido dentro das Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro. A tentativa é entender as estratégias de desenvolvimento de alguns países, sem desconsiderar que olhamos sempre do ponto de vista brasileiro, ou seja, tendo em mente questões próprias à nossa realidade (palavras minhas).
Por conta do meu interesse nos BRIC + África do Sul, comecei a ler pelo texto da África do Sul. Só para vocês saberem, outros países abordados no livro, além dos “RIC”, são EUA, México, Argentina, Espanha, Finlândia e Alemanha. O livro todo está disponível para download no site do IPEA.
O título do texto é “África do Sul pós-apartheid: entre a ortodoxia da política econômica e a afirmação de uma política externa soberana”. Os autores são Alexandre Barbosa e Angela Tepasse, respectivamente meu orientador da graduação, e uma colega de pró-anpec (mundo pequeno? não, mercado concentrado!).
O texto é bastante informativo, não focando em questões estritamente econômicas, o que seria um erro tratando-se de um país com questões estruturais importantes em seu passado recente. Mas o que mais chama a atenção no texto é o fato de ele apresentar uma metodologia clara na avaliação de política externa. Para nós economistas, é um texto extremamente didático, que cria uma espécie de check list dos itens a serem avaliados.
Em linhas gerais, identifiquei os seguintes pontos:
Uma das principais conclusões do texto é que o papel da África do Sul no cenário internacional supera o peso de sua economia, em função do sucesso na transição democrática com o fim do apartheid.
Glossário:
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Pró-Anpec - Anpec é a Associação Nacional de Pós Graduação em Economia. Realiza um exame anual que ajuda os processos de seleção da maioria dos cursos de mestrado em economia no país. Seu exame também é chamado pelos alunos de "Anpec". Pró-Anpec é um cursinho preparatório para a prova da Anpec, da FIPE-Usp.
Já sei que este "objetivamente relevante" vai me render acusações de ser preguiçosa... pode ser também, mas digamos que sou uma pessoa excessivamente pragmática... rs
O livro é o “Trajetórias Recentes de Desenvolvimento: estudos de experiências internacionais selecionadas”, que representa um dos eixos temáticos do IPEA, inserido dentro das Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro. A tentativa é entender as estratégias de desenvolvimento de alguns países, sem desconsiderar que olhamos sempre do ponto de vista brasileiro, ou seja, tendo em mente questões próprias à nossa realidade (palavras minhas).
Por conta do meu interesse nos BRIC + África do Sul, comecei a ler pelo texto da África do Sul. Só para vocês saberem, outros países abordados no livro, além dos “RIC”, são EUA, México, Argentina, Espanha, Finlândia e Alemanha. O livro todo está disponível para download no site do IPEA.
O título do texto é “África do Sul pós-apartheid: entre a ortodoxia da política econômica e a afirmação de uma política externa soberana”. Os autores são Alexandre Barbosa e Angela Tepasse, respectivamente meu orientador da graduação, e uma colega de pró-anpec (mundo pequeno? não, mercado concentrado!).
O texto é bastante informativo, não focando em questões estritamente econômicas, o que seria um erro tratando-se de um país com questões estruturais importantes em seu passado recente. Mas o que mais chama a atenção no texto é o fato de ele apresentar uma metodologia clara na avaliação de política externa. Para nós economistas, é um texto extremamente didático, que cria uma espécie de check list dos itens a serem avaliados.
Em linhas gerais, identifiquei os seguintes pontos:
- Identificar os objetivos da política externa, traçando seu perfil de acordo com algumas categorias teóricas; analisar o papel da retórica;
- Analisar a interação entre política externa e a política econômica;
- Verificar o papel do país nos organismos multilaterais, em relação aos acordos da OMC, em relação à acordos bilaterais e nos blocos econômicos, regionais ou não – além de ver como as relações bilaterais são afetadas pelas relações multilaterais.
Uma das principais conclusões do texto é que o papel da África do Sul no cenário internacional supera o peso de sua economia, em função do sucesso na transição democrática com o fim do apartheid.
Glossário:
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Pró-Anpec - Anpec é a Associação Nacional de Pós Graduação em Economia. Realiza um exame anual que ajuda os processos de seleção da maioria dos cursos de mestrado em economia no país. Seu exame também é chamado pelos alunos de "Anpec". Pró-Anpec é um cursinho preparatório para a prova da Anpec, da FIPE-Usp.
Rápido catch up...
Como não adianta eu voltar muito no tempo, vou começar a atualizar o blog com coisas que tenho lido no momento.
Hoje, fiz um apanhado de algumas notícias interessantes.
Acho que foi um bom começo! Deu para esquentar...
Hoje, fiz um apanhado de algumas notícias interessantes.
- No Portal Exame vi uma notícia de que o IBGE aponta que a copa do mundo estabiliza o IPCA (como pretendo que este blog atinja um publico não necessariamente especializado, vou explicar: IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE, utilizado pelo governo para balizar algumas medidas de política econômica, especialmente a taxa de juros, Selic).
- Na Época Negócios mostraram que histórias em quadrinhos didáticas na Argentina usa o FMI como um vilão na história. SENSACIONAL. Só estranhei saber que a Argentina tem um Museu da Dívida Externa, mas até aí, ok... Cada dia mais me convenço que temos muito o que aprender com nossos hermanos. Estou em uma onda de ler textos sobre outros países (me sinto desconfortável por ter pouco conhecimento sobre alguns países), Argentina definitivamente está na minha lista de prioridades.
- Na Folha de São Paulo de hoje (11/07) vi que vai sair mais uma auto biografia do Gilberto Freyre, desta vez abordando dos anos 1930 aos anos 1980. Fala sobre aspectos que vão além de sua carreira (como religião e sexo - este último, pelos extratos mostrados na matéria, me deixaram estarrecida!). "De Menino a Homem" [Global, 256 págs., R$ 59. Tenho particular predileção por ler biografias, ou entender um autor por meio de entrevistas... possivelmente farei muitas referências aqui.
- Na Carta Maior, um excelente resumo sobre o legado de Saramago: a luta obstinada pela razão esclarecida.
- E agora, uma de cunho político (apesar de eu não gostar muito destas coisas), um artigo da Carta Maior também, sobre o Serra.
Acho que foi um bom começo! Deu para esquentar...
I'm back...
Última postagem: domingo, 17 de agosto de 2008. Quase 2 anos.
Hoje percebo que utilizava o blog como válvula de escape para uma situação que eu não sabia como lidar. Caso alguém se interesse em saber, things went out just fine.
Depois de uma temporada de um ano (quase) em Porto Alegre (saudade daquela terra), mais de um ano em Brasília (saudade das pessoas mais do que do lugar... rs), estou de volta a SP. Definitivamente pós-graduada. Pós-graduada em Vida. Sim, esta foi minha principal lição (considerando que economia não serve pra nada! hehehe... brincadeirinha).
Bom, hoje senti uma vontade enorme de compartilhar algumas coisas. Eu até tenho um "público cativo" dos meus amigos de mestrado, no grupo de emails que mantemos, mas de repente as coisas que eu gosto de comentar possam agradar outras pessoas, vai saber.
(momento besta) confesso que este estilo cor de rosa me deu outro ânimo para escrever!
Excluirei alguns posts antigos que não condizem com o perfil que desejo dar ao blog daqui pra frente. Minha intenção é ter um espaço para compartilhar algumas notícias e textos que ando lendo, além de informações relevantes sobre música e cotidiano. As usual.
Até mais...
Hoje percebo que utilizava o blog como válvula de escape para uma situação que eu não sabia como lidar. Caso alguém se interesse em saber, things went out just fine.
Depois de uma temporada de um ano (quase) em Porto Alegre (saudade daquela terra), mais de um ano em Brasília (saudade das pessoas mais do que do lugar... rs), estou de volta a SP. Definitivamente pós-graduada. Pós-graduada em Vida. Sim, esta foi minha principal lição (considerando que economia não serve pra nada! hehehe... brincadeirinha).
Bom, hoje senti uma vontade enorme de compartilhar algumas coisas. Eu até tenho um "público cativo" dos meus amigos de mestrado, no grupo de emails que mantemos, mas de repente as coisas que eu gosto de comentar possam agradar outras pessoas, vai saber.
(momento besta) confesso que este estilo cor de rosa me deu outro ânimo para escrever!
Excluirei alguns posts antigos que não condizem com o perfil que desejo dar ao blog daqui pra frente. Minha intenção é ter um espaço para compartilhar algumas notícias e textos que ando lendo, além de informações relevantes sobre música e cotidiano. As usual.
Até mais...
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